quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Depois da derrota, o barraco


O clima anda mesmo tenso na seleção. Logo após derrota infantil para a Argentina, Lula, Flávio Davis, Guilherme e Marcelinho Huertas foram tirar satisfações com a repórter esportiva Valéria Zukeran, do Estadão/JT, que escreveu a matéria citada aqui ontem pelo Balassiano, sobre as brigas internas (leia aqui). O tom da cobrança foi agressivo, com direito a berros. Espero que, na quinta-feira, jogadores e comissão técnica não fiquem pensando na imprensa e se concentrem apenas no jogo decisivo contra os uruguaios.

16 comentários:

Anônimo disse...

ah, como eu queria estar em Vegas pra jogar um ovo com cimento dentro no Machado.. @#$@#$%#%#@#@#@!!!!

Anônimo disse...

É típico dessa seleção!!! A culpa é da imprensa, né? O vídeo da ESPN era montagem, né? Tá claro que o clima não é dos melhores e podem ter certeza que se não pegarmos a vaga, vai ter tiro para todos os lados... É igual aquela vez que o Lula apontou o dedo para o Melchiades Filho, no Paulistano, dizendo que ele tinha acabado com o basquete brasileiro. Ele treina times, joga, dirige, organiza.. pois é, a culpa tem que ser de alguém...

Elemento disse...

O Lula tá bravo pois no mundinho do faz de conta dele (onde ele finge que é técnico) tá tudo bem...

Não vi nada demais nesta matéria. Não tem nada que um bom fã que acompanha o pré já não saiba desde a primeira partida...

Anônimo disse...

Não sabia que El Ogro Cara de Areia Mijada e seus bruquetes eram tão covardes assim, aponto de gritar com uma profissional e, acima de tudo, uma mulher.
Lamentável!

Renato disse...

Falta de liderança dá nisso. Se o técnico tivesse liderasse o grupo *de fato*, matava no peito esse tipo de coisa e deixava o time se preocupar apenas em jogar.

Depois que deixaram virar bagunça, agora fica essa conversa de "o grupo" vai tirar satisfação.

Ridículo.

Anônimo disse...

Neguinho tá tirando satisfação porque é a pura verdade. Se fosse invenção, ninguém estaria sequer preocupado. Qualquer mané que conhece o mínimo de basquete percebe olhando no banco, nas entrevistas e no histórico que existem linhas diferentes dentro da seleção. Nada diferente do que existe em qualquer equipe, porém onde o comando da comissão técnica é mais forte isso acaba sendo abafado.
Ridículo, o time é cheio de problemas e em vez da comissão técnica se preocupar com isso, fica enchendo o saco da reporter.
RIDÍCULO!

Anônimo disse...

Meu sonho seria ter a oportunidade de fzer uma entrevista com o Lula.

A impresnsa é muito boazinha com ele. Não faz perguntas incisivas.
Eu não sei porque não pergutam "Lula qual a jogada organizada que a nossa seleção tem?".

LULA só vira "hominho" na hora de reclamar da arbitragem e pra brigar com repórter. Já para cobrar os jogadores se comporta como uma verdadeira "litle princes".

cibele disse...

Apesar de achar que eles exageraram na dose e mostraram alto descontrole emocional, acho que jornalista tem que apurar direito as coisas que publica, tem que ter responsabilidade nas coisas que fala. Sendo o verdade ou não, o que sai na mídia acaba virando verdade. O que antes era rumor e fofoca, se torna fato, a mais pura expressão da verdade.

Mesmo que essa observação tenha sido fruto da especulação da jornalista, agora todo mundo acha que o grupo tá rachado, que o Guilherme tá liderando a oposição, brigou e fez isso e aquilo. E ela não pode afirmar isso, até porque não vi ela citar nenhuma fonte. Ela disse que apurou, mas apurou com quem? Quem disse, um jogador?
Isso pode ser verdade, mas também pode não ser. Digo isso tudo porque fiz jornalismo e sei que temos que ter cuidado com o que publicamos. Acho que ela está apenas fazendo o seu trabalho e acho isso correto, tem que escrever mesmo e mostrar a verdade. Mas com cuidado e uma ótima apuração dos fatos. Se não vira tablóide de fofoca.

Tendo dito tudo isso, acho que a CT e os jogadores fizeram muito mal. Quem é sábio fica calado e faz o seu. E outra, esse tipo de coisa faz é piorar o clima e não ajuda em nada a equipe em quadra.
E po, gosto do Huertas e gostaria que ele não me matasse de vergonha fazendo isso hahaha

cibele disse...

Video do ocorrido:
http://espnbrasil.uol.com.br/videos/video.aspx?idVideo=979

Anônimo disse...

Eu li a matéria ontem, achei algumas informações estranhas, mas fiquei com a notícia.

Hoje li novamente o jornal, a jornalista escreve sobre o jogo e não toca mais no assunto.

Agora vejo o video.

Sobre a jornalista, eu em particular, não escreveria o que ela escreveu; voce não pode colocar nomes e fatos sem ter provas do que está escrevendo.
Achei que os jogadores e o Lula foram tirar satisfação, disseram na cara dela que aquilo publicado era mentira e a jornalista simplesmente ignorou.
Então digo que esta jornalista é exatamente igual a grande maioria da classe, que escreve o que bem quer (verdade ou mentira) e pouco se importa com o que irá acontecer.

Queria saber o que ela já escreveu sobre basquete antes; aliás o que ela conhece de basquete; acho que o mais perto que ela passou numa quadra de basquete foi em algum baile de carnaval de clube.

Sugiro que ele comece a escrever para a Contigo, Ti Ti Ti ou Caras e deixe o basquete para quem entende.

Para finalizar, depois de tudo isso ainda aguentar o José Trajano falando de basquete...é o fim dos tempos.
Essa é a crônica esportiva especializada...hahaha

Anônimo disse...

Não querendo justificar a atitude da CT e desses jogadores para com a jornalista. Mas o que ela fez é, no mínimo, irresponsável! Das duas coisas uma: se verdade, ela foi incompetente em não apurar os fatos de forma correta; se mentira, ela foi oportunista em se aproveitar de uma má situação da seleção. Qualquer delas que seja, é lamentável!

Alfredo Lauria disse...

Com relação ao aspecto jornalístico, não sou um expert no assunto, mas ela deu a entender que tinha as suas fontes e, até onde eu saiba, ela não é obrigada a citá-las.

O que vocês queriam? Uma declaração formal do Nenê registrada em cartório no sentido de que ele não se dá bem com o Guilherme.

Eu gostaria de saber uma única razão objetiva para desacreditar a jornalista e acreditar nas palavras dessa comissão técnica.

Há sim verossimilhança nas alegações da jornalista.

E para demonstrar, peço licença ao Rodrigo para linkar um artigo que escrevi no dia 07/09/2005:

http://www.draftbrasil.net/modules.php?name=News&file=article&sid=1191

Não é para tentar dar uma de "bem que eu avisei", mas é óbvio que para cada uma ação, há uma reação, e que os comentários dirigidos ao Nenê, de uma forma ou de outra, encontrariam reflexos futuramente.

No ano passado, eu tive a oportunidade de entrevistar pessoalmente o Alex e pude notar claramente que ele guardava uma certa mágoa com o Nenê, por causa da seleção.

E mais, não seria nem necessária a reportagem do JT para sentir que o clima entre os jogadores é mesmo péssimo, e esse clima é certamente agravado pela falta de comando da comissão técnica.

Basta ver o semblante de cada jogador durante as partidas, especialmente logo após um erro do companheiro (p.e., pegue o VT de BRA x ARG e repare na expressão do Nenê após aquela bandeja errada pelo Guilherme).

Agora, o que chama muita atenção nesta história toda é que eu NUNCA vi o técnico Lula esbravejar com os seus "comandados" (não faltaram motivos ao longo desses anos). Já com a jornalista...

Para terminar, se tudo não passasse de factóide, qual seria a razão para tanto estresse?

cibele disse...

Alfredo, ela tem todo direito de esconder as fontes. Álias, é de praxe esconder fontes por razões óbvias.

Acontece que ela não fala se foi um jogador, se foi alguém da comissão técnica, ou seja, qual a proximidade e credibilidade da pessoa que disse tal coisa. Ela diz apenas que o jornal apurou e PRA MIM isso não é suficiente. Apurou com quem? Isso não é importante? Como disse acima, isso tudo pode e provavelmente é verdade. Mas eu também não tenho acreditar que o Guilherme apontou o dedo na cara do Leandrinho, que o Huertas faz parte do grupo contra o Nenê. Eu tenho o direito de dar o benefício da dúvida pra todos e não é porque saiu no jornal que eu tenho que acreditar piamente. Assim como você vê o Alex magoado, o Nenê olhando torto, eu não vejo o Huertas rivalizando com o grupo rival, olhando torto. Pelo contrário, vejo ele dando tapinhas, conversando, rindo. Posso estar errada? Certamente, mas faço questão de manter meu senso crítico e não acreditar em tudo que leio. Ainda acredito que a maneira com que ela escreveu a matéria esquisita e tranforma rumor em fato. Rumor não é fato. Alguém pode ter visto tudo isso, interpretado à sua maneira e tranformado em verdade, em fato jornalistico, sendo que tudo isso de interpretar como está o clima e como são as amizades pode passar por um método de avaliação muito subjetivo.

Acima de tudo, acho que em qualquer grupo tem divergências, discordâncias e diferenças de personalidades e é impossível de todo mundo se amar. Mas não acho que isso significa guerra. Eu às vezes tenho mágoa das pessoas, mas não significa que quero derrubar os outros ou não goste das pessoas. E não ache que o Alex ter mágoa signifique que eles tão em pé de guerra.

Acho que temos que tomar cuidado pra não transformar discordâncias em batalhas e acho que é isso que a matéria faz. E sinceramente, se eu não concordasse com o jogador X, achasse que ele tem jogar de maneira diferente ou qualquer coisa do tipo, e encontrasse meu nome envolvido no jornal em o grupo rebelde, do contra, eu ficaria puta também.

Desculpem pela resposta longa.

Alfredo Lauria disse...

Cibele,

eu concordo com quase todas as suas opiniões.

Apenas friso que é exatamente o senso crítico que todo mundo deve ter ao ler uma notícia que me faz discordar da opinião daqueles que tentam, com muito pouco embasamento, desqualificar a repórter e sua reportagem.

Na minha opinião, ao utilizar a palavra "apurar", a repórter deu a entender que a sua fonte é sim algum membro da seleção (jogador ou comissão técnica). Provavelmente a pedido da própria fonte a repórter não foi mais clara.

Sobre o Huertas, eu de fato nunca notei nenhuma atitude que pudesse demonstrar alguma espécie de inimizade com alguém do grupo, o que não significa que não possa ser verdade. No entanto, tapinhas e sorriso no rosto é algo que não vimos na seleção brasileira nos últimos jogos.

Por outro lado, tenho que concordar com o José Trajano, macaco velho do jornalismo esportivo brasileiro, que a matéria vem com uma riqueza impressionante de detalhes. Há inclusive diálogos reproduzidos "in verbis".

Além disso, na mesma matéria, ela concedeu ao Lula o direito à palavra. Lula negou os conflitos, o que também foi publicado.

Por fim, volto a repetir, há verossimilhança nas alegações.

Por esses e outros motivos, no momento, acredito mais na versão da repórter no que na versão da comissão técnica (família, mar de flores e etc).

cibele disse...

Alfredo, se você ler ali em cima, vai ver que não a desqualifiquei. Pelo contrário, acho que a verdade tem que ser dita, ela está fazendo seu trabalho.

Apenas acho isso tudo que já disse. Frisei bastante esse negócio de fontes, mas acho que no final das contas minha maior crítica é que se transformem discordâncias em pé de guerra.

Eu sempre faço o exercício de botar no lugar dos outros e me botando no lugar da repórter, eu me sentiria muito mal em fazer meu trabalho e ser abordada dessa maneira. Da mesma maneira me sentiria mal se visse meu nome envolvido nesse tipo de coisa. Eu não sei o que há por lá, mas imagine que os caras tenham ficado insatisfeitos com o rendimento dos jogadores, como tantos de nós aqui ficaram, e ela deu um tom totalmente pejorativo que o Guilherme e Huertas estavam formando grupos. Acho que o clima realmente pesou por lá. Mas os caras perderam uma partida, os defeitos são expostos, ficaram insatisfeitos, conversaram e pronto. Não significa que sejam inimigos e que estejam se formando para derrubar os outros. E ainda acho que ela deu esse tom, entende? Não critico a intenção e nem duvido que seja verdade, mas não me cheirou bem.

De fato, tapinhas não significam muita coisa. Mas gosto do Huertas, que sempre mostrou uma pessoa simpática. Não o conheço, mas não quero duvidar da ética dele de antemão. Acho que falar daquela maneira dá a entender que ele não se dá bem com os outros e pelo que eu vi, isso não é verdade. Mas repito, não conheço esses caras e só opino superficialmente! hahaha

Mas legal o debate :)

Anônimo disse...

excelente discussão. Alto nível sobre jornalismo e ética. Agora, da minha parte, o que efetivamente pesa muito em tudo isso é a riqueza de detalhes. A matéria não insinua, afirma fortemente sobre o que aconteceu. Não pode ser absolutamente fictício tudo isso, até porque essa menina tem um editor e um diretor de redação que não permitiriam a publicação sem saberem dela qual a fonte.
Pensem nisso.
Abs