sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Algumas perguntas


Por Fábio Balassiano

Apesar de a seleção e alguns repórteres tentarem negar, a falta de comando na seleção é evidente. Só não enxergava, ou não tinha conhecimento, quem não queria ou quem fazia pseudo-jornalismo. As declarações de Marquinhos, a recusa de Nezinho em entrar em quadra e a atitude de Leandrinho nos tempos técnicos (se negando a ouvir as instruções) só provam, como este espaço afirma há algum tempo, que o caldeirão brasileiro ferve em fogo alto. Por isso, separei algumas perguntas que merecem ser respondidas.

1) Por que, um dia após a reportagem do Estadão, os jogadores e a comissão técnica foram tomar satisfações com a repórter, dizendo que ela havia mentido (fato que não ocorreu)?

2) Se a seleção possui um técnico, cuja carga tática é pior que a "implementada" pelos jogadores após a reunião, qual é a necessidade de ter treinador?

3) Será que é tão complicado entender e colocar em práticas as nuanças do basquete moderno? Se até Nenê e Splitter, os mentores do novo plano de jogo brasileiro, sabem disso, qual será a dificuldade da comissão técnica? Será que falta estudo?

4) Qualquer pessoa que entende um pouco de basquete sabe que a carga tática de Lula Ferreira é péssima e, o pior, é ela (a diretriz tática) que permeia todo o basquete nacional. Por que, então, é necessário algum atleta vir a público e dizer isso. Onde estão os diretores da CBB?

5) Qual será a atitude de Lula após o Pré-Olímpico? Pedir o boné seria o mais digno, não?

6) Na volta de Las Vegas, será que os jogadores contarão exatamente o que ocorreu em terras americanas? E o que precedeu a viagem, com telefonemas dos principais astros ao presidente da Confederação, exigindo troca de comando, será que eles terão coragem de dizer?

A caixa de comentários pode ser um bom começo para dissipar as dúvidas...

22 comentários:

Anônimo disse...

Abaixo assinado contra Lula e Grego!!!

Fora Corja!!!
Assinem e divulguem!!!

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/186

Anônimo disse...

Cara alguns jogadores estão demonstrando coragem e ja estão falando a respeito do que esta acontecendo, espero que quando acabar esse campeonato, os outros tbm falem, pois precisamos formar um ambiente favoravel, senão é melhor nao existir nada disso.
Agora para os que metem o pau no oscar, será que se ele fosse jogador dessa seleção essas palhaçadas estariam ai, ou será que ele meteria a boca na imprensa de uma forma que nao sobraria´pedra sobre pedra.
Precisamos de jogadores com essa moral, assim como fez o nene dizendo que agente precisaria de um tecnico de fora

Renato disse...

Eu me coloco na posição do Lula, e percebo que, a ele não resta muito o que fazer imediatamente - somente esperar o pré-olímpico acabar para pedir o boné depois. De uma certa maneira acho até que ele está sendo um cara digno, por não partir pra uma ruptura imediata.

Se o Lula é competente o suficiente ou não deveria ser um problema da CBB, e não do próprio Lula. A ele resta apenas tentar fazer o melhor trabalho possível sempre, em troca do que lhe pagam. Resta a quem lhe contratou avaliar se está bom ou não.

Está claro que a política prevalece sobre a competência técnica nas escolhas da seleção nacional. Acho que isso até o Grego admitiria sem problemas. Esta é a razão fundamental de todo o problema, é a razão de termos uma comissão técnica tão ruim a ponto de os jogadores se rebelarem. E se o Lula tem uma culpa é apenas de ter aceitado trabalhar neste esquema.

Acho que um outro ponto importante é que o intercâmbio com a NBA que se acentuou nos anos 90 levou o nível de profissionalismo do basquete mundial pra cima, enquanto nós, com a nossa disputa política, andamos pra baixo. O elenco da seleção atualmente está exposto a um nível de profissionalismo *muito* diferente e mais alto até mesmo do que gerações passadas encontravam na Europa, que dizer do que se pratique hoje na seleção.

Pra mim é este desbalanço que tornou a ruptura na seleção inevitável. De novo a responsabilidade é da CBB, que se manteve paroquial enquanto o resto do mundo andava pra frente. Também há a miopia dos staffs técnicos que povoam o basquete brasileiro - continuaram paroquiais e com concepções atrasadas do esporte, sendo o Lula um representante deles, enquanto os que destoavam foram cuspidos pra fora pela politicagem (i.e. Marcel?).

Também vejo a posição de rebeldia dos jogadores com um segundo atenuante: o apelo da camisa da seleção e de representar um país acaba virando uma chantagem emocional em cima deles. Se você não se submete a uma estrutura arcaica em nome da pátria vira "traidor". Não é só uma cobrança pública, mas também pessoal - acho que eles mesmos se sentem mercenários quando largam a seleção pra cumprirem suas "férias contratuais" com os times da NBA... E isto é um dilema pessoal muito difícil. Neste ponto, ajudaria se ao menos o que eles encontrassem na seleção fosse uma coisa menos atrasada.

Não que os jogadores sejam 100% vítimas. Longe disso - se deixados à própria sorte a vaidade toma conta, como demonstra a excessiva preocupação com o que a imprensa fala ou deixa de falar a respeito do seu comportamento. Mas de jogadores com 20 e poucos anos de idade e milhões de dólares na conta bancária, não necessariamente famílias estruturadas e uma constelação de aspones, agentes e puxa-sacos em torno deles, eu não espero muita coisa. Não é nada maduro ligar pra CBB e "fazer demandas", mas se a seleção convocou, agora já era.

Se os jogadores contarão ou não o que aconteceu em Vegas depois de voltarem, confesso que não estou muito preocupado com isso. Me preocupa mais saber como será a reação da CBB.

A alternativa positiva seria o Lula pedir o boné, a CBB dar uma saída honrosa pra ele, e indicar um nome que tenha realmente ascendência sobre o grupo. De preferência um ex-jogador de peso, alguém que possa dizer pra um Nenê: "Eu sou o Sr. X, e você, quem é, o que já ganhou na vida?"

A alternativa negativa seria a CBB radicalizar ainda mais, mantendo ou não o Lula, mas fazendo o expurgo dos que comandaram a rebelião. Aí é que voltaremos à idade da pedra.

Com a palavra, Bozikis.

Anônimo disse...

Grego fora só em 2009 ( antes é golpe e já basta a ditadura implantada em 1964, vocês mais jovens não sabem o que isto significa)

Técnico novo sim> Ou americano de nome ou pelo menos um europeu de primeira linha para novos conceitos de tudo, jogadas, treinamantos, fundamentos etc..
Marcel para assistente técnico.
Vamos torcer amanhã

Abraços

cibele disse...

Marquinhos tá falando agora na ESPN pra quem quiser ouvir.

Unknown disse...

marquinhos ao vivo na espn

Anônimo disse...

rodrigo, depois poe a materia com o marquinhos de ho0je na espn, que eu perdi, abraços e obrigado

Anônimo disse...

Renato, seu comentário foi perfeito. Assino embaixo.

Anônimo disse...

Pô, perdi o marquinhos na espn. Alguem que viu pode contar o que ele falou? Valeu!

Anônimo disse...

tive uma ideia, lula como tecnico do corinthians

Unknown disse...

Faltou consistência nas críticas feitas pelo Marquinhos na ESPN Brasil à comissão técnica da seleção. Repetiu que discordava da "ideologia" de trabalho, mas sem revelar por completo no que consistia tal ideologia. Se o cara se predispõe a abrir a boca, que o faça por completo e revele os podres de forma escancarada. Reclamou do fato de Nenê e Leandrinho serem muito utlilizados mesmo estando o primeiro fora de forma e o segundo tendo passado por uma cirurgia recente, o que parece revelar um certo recalque do ala, que tinha mais tempo de jogo no Pan, uma competição bem menos acirrada que o Pré- Olímpico. Nenê e Leandrinho são os jogadores brasileiros de basquete que despertam maiores expectativas, seja qual for a seleção, isso é inevitável. Natural que fiquem mais tempo na quadra... Teria ele se revoltado movido estritamente pelo individualismo??

Anônimo disse...

Respondendo suas perguntas:

1) Como dito pelo Marquinhos, nem todos os jogadores são amigos, mas eles se respeitam no ambientede trabalho.

2)Quando ele foi convidado, não se tinha conhecimento do desastre que El Ogro era como técnico.

3) Para um cidadão que não possui disposição para o trabalho e acha que a vida está ganha por ser afilhado do presidente da CBB, ele fez o papel certo. Não tem sentido perder horas e horas se atualizando e buscando intercâmbio no basquete mundial. Ele só poderá perdê-lo por conta de pressão da mídia e, principalmente, jogadores.

4) O Grego pouco entende do esporte. Seu interesse é se perpetuar no cargo que é uma mamata e manter o seu status.

5) Ele não tomará nenhuma atitude. Ja vi uma entrevista dele falando que não pedirá demissão e, caso seu trabalho não estiver agradando, caberá ao presidente da CBB fazê-lo. Vi esta entrevista na ESPN, se não me angano, no último campeonato mundial.

6)Como em todo local de trabalho, existem os corajosos e os frouxos. Aqueles que tem uma personalidade forte e os que nãoquerem se comprometer.
Um ou outro jogador irá falar a verdade. Outros irão desconversar.
Certamente haverá um acordo para a solicitação de um novo técnico,mas nem todos levarão isso a diante.
Torço para que o número e peso dos corajosos sejam suficiente, juntamente com a opinião pública para convencer o presidente da CBB que esta será a melhor decisão.
Acredito que El Ogro deverá ocupar um cargo administrativo, caso desista de ser treinador.

Meu pensamento é que ele será demitido, caso contrário, vários jogadores não vestirão a camisa da seleção. Lamento que o técnico sairá do Brasil, quando o ideal é claramente um europeu, argentino ou americano.

@lisangelo disse...

1) Apos a assinatura do "Pacto de Las Vegas" os jogadores acharam que tinham tudo resolvido, quando veio a reportagem sentiram-se ameaçados;

2) Alguém tem que passar instruções aos "Gatorade Boys". Os reservas estão ocupados assistindo e analisando o jogo;

3) Falta;

4) Na praia tomando caipirinha;

5) Ele não tem escolha, não se pode abdicar de um cargo que não se tem;

6) Eles não têm escolha, já está tudo na net pra quem quiser ver.

@lisangelo disse...

Sou a favor do abaixo-assinado, mas o texto tem que ser melhor desenvolvido. E acredito que não faz sentido mencionar o Lula (as pessoas podem até confundir com outra pessoa). O problema todo é quem foi que botou ele lá.

Anônimo disse...

O q nao pode eh massacrar soh o Lula, se ele perdeu o comando do grupo eh por causa q o sistema de jogo q ele e os assistente tecnicos montaram nao funcionou e nao agradou. Nao vai adiantar tirar o Lula e deixar os assistentes lah. Se for pra trocar q coloquem um tecnico diferente, q vai ter o grupo na mao.

@lisangelo disse...

Também acho que se deva esperar até a próxima eleição em 2009. Nós jogamos de acordo com as regras do jogo, mas a campanha deve começar JÁ!
O nome que me vem a cabeça é o do Oscar, não é unanimidade, mas é um nome respeitado dentro e fora do Brasil. Poderia inclusive trazer investimento de fora. É um cara que não fica em casa dormindo.

@lisangelo disse...

Sou a favor de trazer um técnico estrangeiro, aliás seria bom toda uma comissão técnica inclusive preparador físico.
Se não for pra seleção principal, já que pelo jeito anda mesmo sem técnico, se botar alguém que pelo menos berre será um avanço de trocentos por cento, que seja então pra uma das seleções de base pra dar uma oxigenada geral no ambiente.
E temos que fazer igual a Janeth e outros: preparar a criançada!

Anônimo disse...

Pra mim a revolta do cara é pessoal, não joguei o que deveria jogar, dor de cotovelo, acho o guilherme muito melhor do que ele.Me respondam o que o Sr."liga de desenvolvimento" já fez pelo basquete, qual a sua participação efetiva em alguma conquista, tirando o PANdemonio??
Todos nós sabemos que o Lula é limitado, atrasado, tecnicamente incapaz de comandar uma seleção brasileira no atual nivel do basquete mundial. Pra mim são válidas as declarações para podermos entender o "clima" da seleção, saber que os jogadores querem um treinamento melhor, um planejamento melhor. Imaginem você ter um nivel de treino europeu ou da NBA, e vir para um super treino de colegial do Lula Molusco,com coisas dos arco da velha, deve ser revoltante. Mas que ele tem tá com uma dor de cotovelo por não estar jogando o que gostaria, isso tá.
Vamos ver o que irá acontecer no proximo capitulo.

Anônimo disse...

Muito bem pontuado, Fábio. E se o Lula não se retirar e a CBB insistir em mantê-lo? Será que os jogadores manterão toda essa atitude para tentar mudar as coisas?
No melhor cenário, o Brasil conquista a vaga Olímpica e a comissão técnica é substituída por uma decente. O pior cenário todo mundo sabe.

Anônimo disse...

Fábio, concordo com quase tudo que você disse! Só tenho dúvidas na questão da matéria da repórter do Jornal da Tarde!
Como sou jornalista, entendo que ela deve ter tido bastante certeza para escrever a matéria e falar que o time está rachado em alguns grupos. Além disso, ela não cita com veemência que o racha é sim contra Lula e a comissão técnica.
Creio que na matéria dela talvez tenha havido exageros.
Mas, vamos lá, vamos manter o debate em alta e torcer para que o Brasil vá para Pequim e que a comissão técnica mude!
Abs

Anônimo disse...

Só discordando um pouco do Renato, não vejo nenhum ex-jogador do Brasil para treinar a seleção. Ainda sou mais um treinador estrangeiro e um assitente técnico brasileiro, tipo o Marcel ou outro cara de nome que possa dar essa chamada. Pois não adianta nada colocar um jogador de nome ele dar um esporro desse no Nene, mas o time continuar jogar sem tática como fazia o Lula ou jogar simplesmente na transição.

Anônimo disse...

Eu acho que o Grego vai vazar com o Lula sim. Agradecer o grande trabalho, a hombridade e lamentar a atitude de moleques, blablabla. Acho que ele põe um técnico qualquer, mas talvez ligue pra uns jogadores antes. O mestre da perpetuação nos cargos, Ricardo Teixeira, um dia percebeu que o legal era seguir a opinião pública. A seqüência Felipão - Luxemburgo é a prova disso, junto com o retorno do ParreiraZagallo. Talvez o Grego se mire nele a faça o que o povo quer, na tentativa de se manter no cargo por mais uns noventa anos.