quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Os eslavos
Por Fábio Balassiano
Virou lugar comum considerar que um técnico estrangeiro resolverá os nossos problemas. Ontem, em conversa pelo telefone com Wlamir Marques, ele me disse algo que faz todo o sentido: "Podem trazer o Phil Jackson, o Pesic, qualquer outro. Com 10 dias de treinamento e esta estrutura, não dá". É por aí mesmo. Os resultados "de quadra" são reflexos dos desmandos fora dela.
Oscar, por sua vez, defende um eslavo (o que seria isso, hein?) à frente do selecionado brasileiro. O Mão Santa, porém, fecha os olhos para o Europeu que acontece esta semana na Espanha. Na tarde desta terça-feira, a Sérvia foi eliminada após perder para Israel. A idéia do ex-craque parece mais estranha ainda se formos mais longe: a campeã mundial é a Espanha e a vice é a Grécia. Na última Olimpíada, deu Argentina, com a Itália levando a prata (o bronze, nas duas competições, foi para os EUA). No último Europeu (2005), os gregos ficaram com o troféu, seguidos de Alemanha e França.
Espanha e Argentina, por exemplo, praticam um jogo plástico e técnico, sem esquecer das diretrizes do basquete moderno (cadência, controle da bola e fluidez nos dois setores). A Grécia, por sua vez, esvazia a bola e permite poucas posses aos adversários. São nuanças que merecem ser respeitadas. O Brasil pode ter sua maneira de jogar, desde que a faça de modo responsável, disciplinado e seguindo os padrões atuais. Não precisamos de eslavos, mas de técnicos, independente da nacioanalidade.
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19 comentários:
Oque estamos vendo no pré-europeu é um campeonato bastante disputado que o Brasil não tem a menor possibillidade de conseguir alguma vaga! Times organizados e competitivos, ao contrario do Brasil que é tudo DEZ (DEZmantelados, DEZsajeitados, DEZorganizados e etc...)nosso brasketball vai SUCUMBIR com o tempo, sem base e equipe adulta.
Espero que GRECO (TEM que ser ele mesmo, posso avaliar e mudar algumas coisa como principalmente comando) sim, sem deixar o que ele fez de bom, BRASILEIROS categorias de base, vitrine para novos atletas de outros estados brasileiros, curso que não tem muito planejamento, mas que para regiões diferentes são um estimulo a mais.
Um abraço!
Eu amante do basket,
P.S: Desculpa a todos por escrever alterarando ironias e seriedades no mesmo texto.
Como não existe técnico no Brasil a altura da seleção brasileira, só nos resta gritar: Queremos um técnico estrangeiro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Gostei do texto do Fabio... apesar de eu ficar em cima do muro em relação a um técnico estrangeiro (acho uma boa solução, mas não sei se a melhor) tenho um comentário sobre o Mão Santa OSCAR. Em uma das suas entrevistas pelo Basketmania do Sportv ele disse que nosso estilo de jogo é ultrapassado, pois imita o jogo dos americanos (pelo menos foi isso que eu entendi)... po antes a gente estivesse imitando o estilo de jogo dos americanos, pois os mesmos têm um estilo de jogo com velocidade e com muita variação de jogada. Sem falar os principais jogadores da Seleção estão na NBA, ou seja já estão acostumado com esse estilo de jogo. O que falta na seleção é um técnico que tenha um estilo de jogo... seja ele qual for.. e com certeza precisamos melhorar nossa estrutura.
To pensando em lançar a campanha FORA GREGO!!!... o que a galera acha??
Fabio,
Legal, tudo correto. A nacionalidade pouco importa, como você ressalta. Mas de fato, conforme diz o bigmanjr, num tem nada que valha alguma coisa por aqui. Então vamos de estrangeiros mesmo.
fora grego
tecnico estrangeiro mais com qualidade e titulos conquistados
miguel angelo,helio rubens,neto isso só pode ser brincadeira é melhor deixar sem tecnico e dar a vaga no pré-olimpico mundial pro mexico
Acho que qdo se pede técnico estrangeiro, se pede junto seriedade, dúvido que um técnico sério iria topar treinar a seleção em 10 dias como Lula fez e dar prioridade a torneios de segunda.
E apesar de não admirar o Oscar como mts aqui, entendo o pensamento dele nesse sentido e concordo.
Não importa a nacionalidade, contanto que seja competente e sério.
E o Oscar pediu um "eslavo", mas depois ele explicou que quer um assistente, um assessor estrangeiro, mas quer um técnico brasileiro.
Assino embaixo do post do jazz-es!
O Oscar foi um exceelente jogador.
Entretanto, quando fala, fica dificil entender o que ele quer dizer, apesar das boas intenções.
Técnico estrangeiro sim, porém de primeira linha.
Meu, oscar num manja NADA de basquete ...
Depois q ele inventou essa de "Eslavo" agora todo mundo vem c esse papo ...
q nojo dessa corja toda ....
É td. da mesma panelinha ... o Oscar tenta poucar p Lula, mas fica c esse papo de técnico estrangeiro ... Faz todo aquele estardalhaço c a nossa liga e agora vc. num vê ele falar nada q num essa essa parada de técnico .. como só isso fosse resolver ...
técnico estrangeiro, campeonatos pobres, ginásios ridículos ...
montar um time de mentira ????
Nolan Richardson!
Como já falaram antes, Oscar jogava muito, era fofinha, mas era um cara de chegada ia pro pau,com raça e competência no seu papel na seleção. Oscar comentarista , dá medo, só fala besteira. parafraseando o Romário. "Oscar com a bola nas mãos é fantastico, com a boca fechada é um Poeta"
Po, eu não gosto do Oscar por conta das coisas que ocorriam nos Fla x Campos.. mas como a galera aqui tá sendo injusta com ele.
Ele não falou que apenas mudança de técnico adianta.. tanto que ele tentou ajudar com a NLB, o que parece é que muitos clubes gostam da estrutura atual.
E para os que estão pegando no pé dele qto ao "Eslavo".. é uma etnia gráfica que compreende Russos, Sérvios, Eslovenos.. o que tem de errado ele preferir um técnico dessa região ? Po, todo mundo aqui dá pitacos, e o cara não pode ? Vamos criticar qdo for para criticar galera.. sem injustiças.
só corrigindo, o Oscar era fominha, não fofinha. ahuahauhauahu
oscar fofinha, hahahah mesmo! más e o que voces esperam da selecao feminina? acho que tambem nao se classifica, o time é muito ruim e já está com estigma de cavalo paraguaio.
Acho que num momento tão complicado e conturbado do nosso basket o que estamos vendo são diversas opiniões de diferentes pessoas ligadas ao desporto, acredito que em diversas vezes a mesma pessoa vai falar algo que algumas vão concordar, em outra frase algo que vão discordar. O que tenho certeza, é que a mesma pessoa não vai ter 100% de aprovação na sua opinião. Por isso queria falar que concordo com o Fábio e Wlamir, quando concordam sobre a parte de falta de tempo (com o elenco completo) e estrura para treinamento da seleção. Pois sabemos que o ideal são aquelas quadras paralelas aonde existem no mínimo 8 tabelas para otimizar e aumentar o número de repetições de qualquer trabalho técnico/tático.
Mas discordo do Fábio, quando diz que o Oscar está fechando os olhos para o Eurobasket 2007, quando cita que queria a vinda de um técnico eslavo para ensinar e dar palestras para nossos técnicos. Pois quando o Oscar citou técnico eslavo, ele deixou claro que falou da parte meridional ou seja Ex-Iugoslávia, portanto pode ser de qualquer unidade territorial criada após a divisão da supracitada. Então ao mesmo tempo em que a Sérvia foi eliminada (mesmo bem renovada perdeu por 1 pto da Grécia, atual campeã européia e vice mundial). A Eslovênia está invicta (num grupo que tem França e Itália) e a Croácia terminou em primeiro lugar do grupo vencendo a Espanha (Atual campeã mundial), países originados após a separação da Iugoslávia. E outras duas seleções como Polônia e Turquia tem técnicos de origem Eslavo meridional no Eurobasket 2007. Acho que uma ex-República com uma população tão pequena, por volta de um pouco mais de 10 milhões, que exporta hoje por volta de 17 jogadores para NBA, tem o 1º assistente-técnico não americano na NBA (Igor Kokoskov-Detroit), no último final four da Euroliga dos 4 times restantes tinha dois técnicos de procedência eslavo (Obradovic, campeão e Maljkovic-TAU), do campeonato nacional da última seleção campeã mundial, a Espanha, dos 4 melhores times (Real, Badalona, Barça e Tau), dois técnicos eram eslavos (Tau-Spahija e Barça-Ivanovic). E no campeonato mundial U-19 deste ano a Sérvia foi a campeã.
Fábio, desculpe ter escrito tanto é que tive uma discussão no exato momento que o Oscar falou isso após a eliminação do Brasil com um amigo meu, e ele argumentou porque um eslavo, já que a Espanha e a Argentina ganharam os últimos dois campeonatos a nível mundial (Mundial-06 e Olimpíada-04). Expliquei mais ou menos o que escrevi aqui para ele, só para mostrar que tem sentido o que o Oscar falou.
Contudo, sinceramente, estou falando de coisas num nível menor, porque o ideal é que o Grego saísse, isto acho que 99% do pessoal ligado ao basket concorda, mas estamos falando de algo a curto prazo, portanto temos que primeiro ter uma estrutura para treinamento adequada e que os jogadores estejam disponíveis com no mínimo 30 dias. Tendo isso, acho que está quase comprovado que no momento não temos técnicos capazes de fazer o melhor pela nossa seleção nacional como Técnico-principal (Head-coach), pois o trabalho do nosso técnico mais vitorioso a nível nacional nos últimos tempos (Hélio Rubens), foi muito criticado e o seu sucessor também deixou claro que produziu menos do que deveria, pois não acho certo algumas críticas que dizem que o Brasil não deu certo porque a maioria dos seus jogadores são banco nos seus times e não decidem jogos (Tirando o Scola, quem são os jogadores deste pré-olímpico Argentinos que são a primeira ou segunda opção no ataque nos seus times, a maioria é reserva na Europa, não estou dizendo que não tem qualidade, mas não são extra-terrestres, como estão falando do Delfino). Então acho que o Brasil tem grandes jogadores e não há no momento um Técnico-principal brasileiro que consiga extrair o melhor deles. Não sei qual a nacionalidade do Técnico, existem vários nomes: Ettore Messina-ITA, Obradovic-SRB, Mario Pesquera-ESP, Ruben Magnano-ARG, Jasmin Repesa-CRO. Só acho que não pode ser nem 8 nem 80, como algumas pessoas querem pregar, uma minoria ainda quer o Brasil jogando um basket tipo PHX, DAL ou GS, aquele run-n-shoot. Hoje a maioria quer um basket estilo a maioria das equipes européias, valorização da posse, ataque gastando os 24 seg. Acho que independente do Técnico estrangeiro que vir, por característica do nosso país miscigenado temos condições de correr (Leandrinho, Marcelinho Huertas, Alex...), só que caso não consigamos contra-atacar, temos que aí sim aprender a jogar o basket de valorização de posse de bola, usando o relógio. Trabalhando estas duas maneiras de jogar no ataque e junto disso melhorar a nossa defesa, dar mais qualidade e padrão.
Mais uma vez desculpas e parabéns pelo Blog (Fábio Balassiano e Rodrigo Alves), Abraços.
Desculpe aí, Rodrigo, mas acho que a crítica ao Oscar não procede.
Ele não disse que os eslavos estão arrebetando atualmente e que são a nata do basquete mundial.
Disse apenas que eles iniciaram o modo de jogo coletivo e cadenciado hoje tão em voga no basquete mundial, e que é reproduzido pelas seleções citadas por você no texto.
A PRÓPOSITO, CUMPRE AINDA CITAR O DICIONÁRIO HOUAISS:
"eslavos"
(substantivo masculino plural)
povo indo-europeu que habita a Europa central e oriental, prov. há uns cinco mil anos, e cujos descendentes atuais são: russos, bielo-russos, ucranianos (ramo oriental), búlgaros, sérvios, croatas, macedônios, eslovenos (grupo meridional), tchecos, eslovacos, poloneses e lusácios (grupo ocidental)
Portanto, "ESLAVO" NÃO SIGNIFICA "SÉRVIO".
Grande abraço (de quem muito respeita suas opiniões).
O Oscar merece todo nosso respeito, porém ele nao seria a pessoa indicada para uma comissão técnica por conta do seu temperamento. Muito melhor seria aproveitar a fama do Oscar como um tipo de RP do basquete nacional.
Quanto a questao do treinador estrangeiro, assino embaixo, mas fico pensando: sera que ira receber todo o apoio necessario? Tera estrutura e carta branca pra trabalhar?
O problema é mais embaixo. Tem que trocar tudo na CBB: tem que montar uma comite tecnico permanente. O campeonato nacional deve ser desvinculado e organizado por uma liga independente... a lista de melhorias é longa, mas nao é impossivel de ser executada. Outras confederacoes passaram por isso e sobreviveram.
Concordo com a galera defendeu o Oscar, as explicações sobre o eslavo já explicaram bem. Além disso, eu não acho o Oscar um mau comentarista. Acho divertido até. Gostei de ver os comentários dele e da Hortência na final do Pan, discordando sobre tudo. E possível até discordar do que ele diz, mas para ser um bom comentarista não é necessário que todos concordem com sua opinião. Ele não é um sem-noção como Pelé.
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