quinta-feira, 6 de setembro de 2007

O homem que o Brasil jantou em 1987


O ex-craque Oscar Schmidt virou assunto quase obrigatório na caixinha pelo que vem falando fora da quadra. Permitam que eu volte aos tempos em que o Mão Santa brilhava dentro dela. Nesta semana, aproveitando os 20 anos do ouro histórico no Pan de Indianápolis, bati um papo por e-mail com Denny Crum, técnico da seleção americana naquela partida. Dono de uma carreira vitoriosa pela Universidade de Louisville, ele fala sobre o jogo de 1987, as mudanças no basquete dos EUA e o aprendizado com John Wooden.

REBOTE - Quais são suas lembranças daquela partida no Pan de Indianápolis? A derrota ainda o incomoda?
DENNY CRUM - Eu me lembro de Oscar Schmidt acertando todos os arremessos de longa distância. Mas eu nunca fico muito animado com uma vitória ou muito chateado com uma derrota. Já que não dá para mudar o resultado, o jeito é aprender com aquela situação e seguir em frente.

- O que foi mais importante para o Brasil naquele jogo?
- A pontaria nos chutes de três pontos foi o mais importante para eles. A gente tinha acabado de adotar a linha de três no basquete dos Estados Unidos, então a equipe ainda não tinha muita experiência naquilo.

- Você revezou Ricky Berry, Willie Anderson e Fennis Dembo na marcação de Oscar. Por que foi impossível pará-lo naquele segundo tempo?
- Os jogadores do Brasil fizeram um belo trabalho, criando situações de jogo para o Oscar. E ele tem uma incrível capacidade de arremessar de todos os lugares da quadra. Eu acredito que ele teria sido um jogador espetacular na liga profissional americana.

- Você vê a final de Indianápolis como um ponto importante na decisão (adotada alguns anos depois) dos americanos de usar atletas profissionais nas competições?
- Acho que foi apenas parte daquela decisão. É bom lembrar que o Brasil e todas as seleções da América do Sul, assim como os europeus, usavam seus melhores jogadores nas competições internacionais - e eles eram muito mais velhos e experientes do que os nossos universitários.

- A seleção americana acaba de dar um show no Pré-Olímpico de Las Vegas. A equipe está no caminho certo com Mike Krzyzewski?
- Sim! O time americano tem agora algo que jamais teve: a vantagem de trabalhar a longo prazo com o mesmo treinador e os mesmos jogadores

- Você foi assistente de John Wooden, considerado o maior técnico universitário de todos os tempos. Qual foi a lição mais importante aprendida naquele período?
- A coisa mais importante que Wooden me ensinou foi a valorizar a habilidade de forma organizada e prestar atenção aos mínimos detalhes.

14 comentários:

Anônimo disse...

Desculpe aí, Rodrigo, mas acho que a crítica ao Oscar não procede.

Ele não disse que os eslavos estão arrebetando atualmente e que são a nata do basquete mundial.

Disse apenas que eles iniciaram o modo de jogo coletivo e cadenciado hoje tão em voga no basquete mundial, e que é reproduzido pelas seleções citadas por você no texto.

A PRÓPOSITO, CUMPRE AINDA CITAR O DICIONÁRIO HOUAISS:

"eslavos"
(substantivo masculino plural)
povo indo-europeu que habita a Europa central e oriental, prov. há uns cinco mil anos, e cujos descendentes atuais são: russos, bielo-russos, ucranianos (ramo oriental), búlgaros, sérvios, croatas, macedônios, eslovenos (grupo meridional), tchecos, eslovacos, poloneses e lusácios (grupo ocidental)

Portanto, "ESLAVO" NÃO SIGNIFICA "SÉRVIO".

Grande abraço (de quem muito respeita suas opiniões).

Anônimo disse...

Aliás, registre-se que o técnico MIKE KRZYZEWSKI, por seu sobrenome, aparentemente tem descendência eslava. rs

Abs.

Anônimo disse...

Nao tem muito a ver com a materia, mas ...

Vcs viram a materia sobre o "Chilique" do Marcel sobre a aquisição de um tecnico estrangeiro ??
Eu que vinha achando o Marcel muito ponderado, estranhei sua postura, principalmente a parte que ele ate cita o Phill Jackson como exemplo hipotetico ... totalmente descontrolado ! Ele pode ser contra , dar sua opiniao, mas me pareceu algo bem pessoal ! Acho que ele tava querendo a "boquinha" pra ele hein !

link:http://www.gazetaesportiva.net/ge_noticias/bin/noticia.php?chid=107&nwid=22094

Aqui alguns trechos da materia

"
Comunidade do basquete diz não a técnico estrangeiro
Marta Teixeira

São Paulo (SP) - Se os jogadores da seleção brasileira masculina de basquete mostraram-se receptivos à idéia de trabalhar com um treinador estrangeiro, o mesmo não pode ser dito da comunidade do basquete. Para o ex- jogador Marcel, hoje também técnico, passar o comando da seleção a um estrangeiro seria uma ofensa aos profissionais do país e sua reação seria uma só. 'Será uma ofensa pessoal e eu farei uma guerra pessoal', diz irritado.
O Brasil tem mais de 540 profissionais atuando na área e com tanto material humano disponível, o ex-jogador considera impossível não existir alguém à altura do desafio. 'É muito cartesiano falar que o brasileiro não tem capacidade para comandar a seleção. Eles é que não dão valor ao que têm. Faça-me o favor, era só o que estava faltando para a crise do basquete no Brasil'.
...
Igualmente defensor de uma reformulação no esquema de treinamento da seleção, Marcel afirma que sua postura não mudaria independente de quem viesse para o cargo. 'Faço guerra. Ele não terá um segundo de paz, vou à tevê fazer campanha', desabafa. 'Pode ser o Phil Jackson (técnico do Los Angeles Lakers e nove vezes campeão da NBA)'. ...
"

cibele disse...

Eu já sabia que ninguém queria um técnico estrangeiro, mas isso de guerra pessoal é novo pra mim. Nem acredito que li isso...

Guerra pessoal? Achei que estivessemos falando de seleção nacional, não de afrontas pessoais.

Elemento disse...

Guerra pessoal? Quem ele tá achando que ele é?

Anônimo disse...

Aí vai vim um técnico estrangeiro para o Brasil, pelo menos é o que eu ahco.

Pessoal pensem comigo. O grego, não gosta do Oscar, como também não gosta do Marcel e nem de tantos outros que tão reclamando de um possivel técnico estrangeiro. Logo, o Grego trás um técnico estrangeiro para encher o saco dos caras brasileiros.

Renato disse...

na boa, mas vcs esperavam alguma coisa diferente de qualquer técnico brasileiro?

acho a reação natural

cibele disse...

Eu esperava, mas afirmações como "Ele não terá um segundo de paz" e "Será uma ofensa pessoal e eu farei uma guerra pessoal" me chocam.

Que o cara discorde, é natural. E ele está no seu direito de não gostar e falar sobre a sua opinião. Agora boicotar e atrapalhar o trabalho alheio, falando que não dará um minuto de paz, me parece infantilidade e descontrole.

Anônimo disse...

Bem, reafirmo q o Oscar foi o maior arremessador q eu vi jogar. .. impressionante a capacidade de meter bolas. Esse sim foi o único crazy shooter que tinha competência p ser assim .... fantástico!

Mas fora da quadra ele precisa realmente ficar quieto nas questões mais sérias e participar com suas sacadas hilárias e seu grande senso de humor.

Anônimo disse...

O ponto é exatamente o que a Cibele esta apontando ... Esperar uma reação contraria, poderia acontecer sim, porem, com esse tom !
Poxa, lamentavel. Qto ao oscar, eu acho que aquela ideia da Nossa Liga foi sensacional, mas perdeu a força, infelizmente, acho que os clubes nao se seguraram. Talvez pq a maior parte dos clubes de basquete sao de "aluguel", por isso a importancia de participar clubes tradicionais como o Flamengo, Vasco, Botafogo, Corinthians, Fluminense, Palmeiras, alguns ja tradicionais, e os outros tb. Sempre que esses times montaram times competitivos rendeu bom publico. Eu mesmo fui em quase todos os jogos do Corinthians, na epoca do Oscar (apoio da Amway), e era muito bacana. E tambem o esporte nas escolas e universidades (essa parte é obvia, mas fundamental)! Isso tudo poderia dar uma maior independencia ao basquete , referente a CBB. Agora, voltando ao Oscar, ele teve essa ideia otima, tem boa intensoes, porem fala algumas bobagens, principalmente comentando basquete, porem nessa do tecnico o Oscar tb é a favor de um tecnico estrangeiro !

Mas o Marcel decepcionou com a bixisse dele ...

abraços

Fiel

Anônimo disse...

Ridículo ...

Eu achava o Marcel até um cara capaz de assumir, apesar de claramente o discurso dele ser de quem queria uma boquinha. Mas esse chilique de mulher que descobre q tá sendo traída pela irmã só demonstra o quão amador e o quão no buraco está o basquete. Se o Marcel, teoricamente, se encontra num patamar um pouco superior aos outros 539 técnicos no país, em termos de conhecimento tático e inovação de estilo de jogo, o que dizer dos outros 539 ?

Isso é o retrato do basquete no país. Todo mundo achando q é dono e que está no direito de reinvidicar poder. Realmente, acho q o basquete por aqui já era. A faxina tem q ser mto maior do que aparentava e vamos ter q esperar todos esses caras morrerem de velho para poder, tlvz, na velhice beirando a morte dizer "até q enfim mudou algo .."

cibele disse...

Lula fora da seleção;

http://esporte.uol.com.br/basquete/ultimas/2007/09/06/ult4356u957.jhtm

Fiel disse...

A cibele me antecipou ..haha !
Fecharam a tampa do caixao do Molusco !!!

Vai tarde !!!

abraços

Fiel

Anônimo disse...

Rodrigo,

Foi fechado o pacote entre a prefeitura e a CBB para que o Rio receba o Pré Mundial. A candidatura vai ser apresentada oficialmente no próximo dia 12 de outubro, em Madrid.

E quanto à queda do Lula, confirmei agora, caiu mesmo. Junto com toda a comissão técnica. O Grego tb admitiu importar um novo treinador.