sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A não-tática


Por Fábio Balassiano

Paulo Menezes está coberto de razão na caixinha ao falar que não existe novidade tática no Europeu. De fato, curls (pêndulos à la Reggie Miller) e high-lows (passe entre pivôs), entre outros, não são novos. Mas, e este é verdadeiramente o problema, o Brasil não possui sistema algum - nem organização e distribuição e leitura de jogo. Isso é que faz a diferença. Independente desta ou daquela opção, é necessário ter alguma (ofensiva ou defensiva).

Sou daqueles que defendem uma forma "nossa" de jogar, desde que adequada ao basquete que é praticado em todo o mundo (valorizando a bola, com coberturas eficientes na defesa e movimentação fluída no ataque). A Espanha joga com dois armadores e três alas, favorecendo a velocidade, as trocas de posições no ataque e as coberturas na defesa. Por outro lado, a Lituânia abusa do jogo físico no garrafão para facilitar os chutes de fora dos arremessadores. São formas táticas diferentes. Na seleção brasileira, até agora, o que vimos é a não-tática.

Pode ser o sistema de triângulos, motion offense, flex, não importa.

O que importa é ter alguma.

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