quinta-feira, 26 de julho de 2007

Um papo rápido com Dawn Staley



Uma hora antes da final feminina do Pan, entre Brasil e Estados Unidos, eu e o amigo Marcelo Russio, do Globoesporte.com, batemos um papo com Dawn Staley, técnica da equipe americana e dona de três ouros olímpicos como jogadora. Quem quiser ver um trecho da conversa em vídeo, com imagens de PH Peixoto, pode clicar aqui.

- O que você diria a Janeth no dia do último jogo da carreira dela?
- Janeth sempre atuou como se o jogo fosse o último. A final do Pan é um momento forte emocionalmente. Mas a aposentadoria não é tão ruim como as pessoas pensam. Você consegue preencher a lacuna por não jogar basquete com várias outras coisas. Ela vai passar mais tempo com a família. Na verdade, eu gostaria de ver a Janeth como técnica ou fazendo parte do basquete brasileiro de alguma forma. Ela significa muito para este país e para todos nós no plano internacional.

- Você esteve em São Paulo para disputar o Mundial do ano passado, e agora vem ao Rio. Como avalia a Arena Olímpica, que acabou de ser construída? Os brasileiros estão muito empolgados com o ginásio. O que você achou?
- Em uma escala olímpica, esta arena é provavelmente uma das melhores. Há um sentimento olímpico aqui, as pessoas nas arquibancadas vêm para ver não apenas os jogos do Brasil, mas toda a competição. Isso é muito bom. A construção é bonita, e quando você consegue colocar pessoas nas arquibancadas, isso cria uma atmosfera que te faz querer sediar competições. O Rio tem feito um trabalho fantástico como sede do Pan-Americano. Espero que concorra para trazer uma Olimpíada.

- Você já esteve no Rio antes. Conseguiu conhecer bem a cidade?
- Eu já estive aqui, mas não consigo sair para conhecer os lugares. A competição sempre me toma muito tempo. Fomos à praia durante uma hora. É lindo. O país é muito bonito, um lugar que me faz sentir muito confortável. Sempre que alguém acolhe o esporte, tem o meu apoio.

- Você é uma treinadora do circuito universitário, assim como Jay Wright, que comanda a equipe masculina no Pan, e Mike Krzyzewski, da seleção adulta. A tendência nos Estados Unidos de usar técnicos universitários para comandar as seleções tem a ver com a semelhança das regras entre a NCAA e a Fiba?
- A tendência é usar os melhores técnicos disponíveis. Não jogo mais na WNBA, então tenho os verões livres. Tenho aspiração de ser uma técnica olímpica, então é ótimo acumular experiência numa situação como esta. Joguei nos mais diversos ambientes internacionais, mas como técnica é um pouco diferente. No caso dos homens, eles realmente precisaram mudar o jeito como vinham fazendo as coisas, porque os resultados não estavam vindo, precisavam dar uma sacudida.

- Você acaba de estender seu contrato em seis anos com a Universidade de Temple. Tem planos de treinar uma equipe da WNBA no futuro?
- Meu futuro está no basquete universitário. Gosto de ensinar, gosto de ter segurança no meu trabalho, e a universidade me dá isso. Quero fazer com que nossas jogadoras da WNBA no futuro tenham uma boa compreensão do jogo, para que o produto seja bom.

2 comentários:

Clovim disse...

Por essa entrevista vc vê uma mentalidade vencedora nessa mulher... Ela se importa, em ensinar e produzir grandes atletas para futura WNBA e consequentemente para a seleção norte-americana... Os treinadores da seleção feminina e masculina do Brasil deveriam se espelhar nessa mulher!!! Que show!!!

Anônimo disse...

O que ela tem de feia, sobra em competência!
Ela poderia, tranquilamente, sentar na cadeira do Greco.