Tenho visto, ouvido e lido por aí um tipo de crítica à seleção feminina, como se a derrota para Cuba significasse a morte prematura de uma era que mal começou. O tom implícito é mais ou menos "malharam tanto o Barbosa, levantaram tanto a bola do Bassul, e ele não consegue ganhar nem de Cuba". Bem, respeito todas as opiniões, e aqui vai a minha.
Não tenho procuração para defender o novo técnico - aliás, mal o conheço pessoalmente e devo ter falado com ele umas cinco ou seis vezes. Mas continuo achando que, em apenas três meses de trabalho e cinco jogos no Pré-Olímpico, esta é a evolução tática mais acentuada que o basquete brasileiro apresentou em pelo menos uma década (masculino e feminino).
"Ah, mas as adversárias eram fracas e, no primeiro teste real, a casa caiu". Ok, mas para analisar de forma tão simplista, sem levar em conta o que acontece dentro da quadra, não é preciso nem ver os jogos, bastam as estatísticas. O trabalho ainda está no começo, e temos de levar em conta um fator fundamental: a renovação da equipe e a perda de bons valores.
Três das cinco titulares do Mundial de 2006 (Alessandra, Helen e Janeth) já se foram. As substitutas das duas primeiras (Érika e Adrianinha) não estiveram no Chile, e a herdeira do posto de ídolo (Iziane) é a que mais pena para se adaptar à nova filosofia. Não é de um dia para o outro que se pula da tática-zero para o jogo ideal. Tenhamos paciência.
DICA - Se você procura uma análise profunda, detalhada e bem escrita sobre a campanha em Valdívia, recomendo "O Pré-Olímpico, no Day After", texto do Bert no Painel do Basquete Feminino. Vale a pena.
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
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9 comentários:
Rodrigo,
Obrigado pela referência.
Abraço,
Bert
LIVROS SOBRE BASQUETEBOL
Nesta semana, começarei a apresentar alguns livros que tenho sobre basquetebol. Não é uma coleção muito grande (são 31 títulos) mas eu penso que dá para encontrar alguns deles em livrarias ou em sebos. Alguns livros podem não ser bons para a sua realidade ou pode ser muito importante para que está começando a trabalhar com basquetebol. Apresentarei apenas as capas, o título do livro e o autor, sem a sinopse, resumos ou comentários pois não é a minha preocupação em falar qual livro pode ser sofrível, ruim, bom, ótimo ou excelente, este comentário eu deixo para você leitor. Bom divertimento!!
Prof.Marival Junior - basquetelondrina.blogspot.com
Basquete - Metodologia do ensino Autor : Rui Souza de Paula
Basketball Metodologia do ensino e do treinamento Autor : Moacyr Daiuto (sem capa)
Rodrigo,
O Bassul é o sujeito certo para dirigir a seleção, sem dúvidas. Mas é inegável que mostrou-se inepto no jogo contra Cuba. Pra manter o clima 'barbosístico' no bola-ao-cesto feminino, diria que 'na prática, a teoria é outra'.
Abraço
Achei que a seleção cumpriu com a obrigação no Pré, a vaga olímpica viria apenas por "milagre".
Ok, Poderíamos ter ganho de Cuba, mas é o início de um trabalho, com uma renovação forçada e foi uma derrota onde tínhamos tudo para ganhar e a tendência é só melhorar, como já começou a ocorrer.
Rodrigo, os mesmos idiotas que malham a seleção do Bassul por ter perdido para Cuba, são os caras ridículos que falaram aquele monte de asneira durante o pré masculino. Bassul significa a renovação, a mostra de que esses velhotes precisam parar de viver do passado e sairem do poder, pararem de querer serem os "donos" do basquete no Brasil.
O time do Brasil na minha opnião jogou mto mais que Cuba e apenas perdeu para seus próprios erros indiviuais, principalmente da Iziane que afundou o time durante essa "adaptação" ... Eu gostei mto do que vi. A Questão agora é se adaptar e espero que isso seja de cima p baixo e faça com que aconteça nos clubes e categorias de base, pq o Bassul vai ter mto, mto trabalho p ensinar fundamento p essas meninas. São mto, mto cruas, o que prova o quanto esses caras que são "donos" do basquete entendem. O basquete parou no tempo. O trabalho vai ser árduo e vai ser p mto, mto longo prazo. Tlvz comece a dar frutos apenas na outra olimpíada.
Z� Am�rico:
EZ,com certeza sou mais velho do que vc e bem mais novo que estes velhotes,que vc preconceituosamente se referiu,de ma olhada na NBA,Europeu, e observe a idade dos t�cnicos,50 a 60,em sua maioria,renovar n�o � s� trocar o velho pelo novo.O problema de fundamentos � um mal que j� vem de tempos no basket brasileiro, masculino e feminino, e com certeza os respons�veis pela inicia�o e depois nas categorias de base, n�o s�o os velhotes,mas sim t�cnicos na base de 20 a 35 anos,(estat�stica sem base cientifica alguma)Outro conselho para vc refletir ser� que quando chegar na idade dos velhotes,vc ter� deixado algum legado para o mundo que vc vive.Respeito sua opini�o,mas como mais alguns anos estarei pelos 50 n�o gostaria de ser e ver meu trabalho analisado de sua maneira.Boa sorte e que tenha sempre um crescimento e vc nAo possa um dia se frustar de sua juventude.Mas respeito sua opini�o
Ze Américo, desculpe o jeito de falar ... mas eu digo velhotes com relação à maneira de pensar, ao jeito de enchergar o basquete ... Por exemplo, o Bassul é novo e faz parte da nova geração, da mudança em relação aos outros treinadores que atuam no país, assim como os caras que escrevem aqui no rebote como o Rodrigo e o Fábio, tb. fazem parte, no jornalismo, significando tb. uma mudança, diferente do blábláblá que vimos dos "mesmos de sempre" durante as transmissões. Desculpe se eu ofendi, mas realmente me expressei mal. Mais uma vez, o termo "velhote" empregado era para significar algo arcaico, como a visão dessas pessoas ( Jornalistas, técnicos e formadores de Opnião ) que sempre estão "por dentro" do basquete.
Mais uma vez, mil desculpas pelo velhote :D, até pq tenho só 28 anos, mas a careca está crescendo, os poucos cabelos que sobram estão se tornando brancos e um rachão quadra inteira faz doer partes do corpo q eu nem sabia que existia :D
Zé Américo, só mais uma coisa ...
Com relação à base, realmente são novos professores de educação física ou pessoas diretamente influenciadas pelos "velhotes" que eu me referi ( preciso arrumar um outro termo, pq realmente não pegou bem. Desculpe novamente :D ).
Os caras num sabem nada de basquete, não estudam basquete e não formam ninguém. Soma-se isso à mulecada "Geração AND1" e já dá p ver o futuro que teremos no basquete.
Ou a coisa muda agora, nesse momento de transição,fazendo com que pessoas queiram praticar o basquete e jogar profissionalmente, ter senso tático e fazer competitivo, ou o esporte vai morrer, pelo menos aqui no Brasil.
Fala, Rodrigão!
Haja tática pra dar jeito nesse time. Falta jogadora, vc não acha?
Abraço!
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